Se evitar o colapso dos sistemas de saúde é a única justificação aceitável para o confinamento, será que esse colapso esteve ou está próximo em algum país e nomeadamente em Portugal?
Para tentar responder a esta questão no que respeita a Portugal precisamos de saber a capacidade existente do sistema de saúde em termos de internamento e de unidades de cuidados intensivos (UCI) e compará-la com as necessidades adicionais impostas pela pandemia.
Em 2018 existiam nos hospitais portugueses públicos e privados 35.429 camas das quais aproximadamente 2/3 na área metropolitana de Lisboa e no região Norte em parte iguais (PORDATA). Segundo a ministra da Saúde, existem actualmente mais de 620 camas de cuidados intensivos.
Fonte: DGS |
Como se constata no diagrama, mesmo no pico da pandemia o número de internados não ultrapassou 1.302 e nos últimos dias é inferior a 700. Ou seja, em momento algum os internados por Covid-19 atingiram 4% da capacidade hospital e o número de casos mais graves nunca chegou a 300 ou seja menos menos de 50% da capacidade das UCI e nas últimas semanas não atingiram sequer 20%. Temos pois de concluir que o sistema português de saúde nunca esteve perto da rotura e que existiu, mesmo durante o pico, um excesso de confinamento de que resultou um impacto desnecessariamente elevado na economia, sem que daí tivesse resultado uma diminuição dos óbitos.
(Continua)
A questão não é só colapso do SNS e a imunidade de grupo. São as sequelas desconhecidas de um vírus novo.
ResponderEliminarSFF leia:
https://www.sciencemag.org/news/2020/05/finally-virus-got-me-scientist-who-fought-ebola-and-hiv-reflects-facing-death-covid-19?fbclid=IwAR230XjGyschKyTdlF7h7G-P2AN6K3sUa4OKddS8MoRjTzb2wgXuO2TkbD8
Não concordo. São, somente, as sequelas conhecidas para qualquer vírus.
ResponderEliminarMas não há melhor conselheiro do que se ser um paciente. Mesmo que seja impaciente.
Passou muitos anos a viver das doenças alheias. Quando lhe chegou a vez... entendemos o gasto de papel higiénico...
ao