Amjad Rihan, um engenheiro canadiano especialista em sustentabilidade, que foi partner da EY (Ernest & Young), um dos mais novos de sempre, denunciou um cliente no Dubai suspeito de lavagem de dinheiro e de contrabando de ouro. Como retaliação a EY despediu-o e Amjad Rihan propôs há dois anos uma acção nos tribunais ingleses contra quatro subsidiárias do grupo EY acusando-o que tinha sido forçado a pedir a demissão depois de ter descoberto a lavagem do dinheiro pelo cliente do Dubai, violando os seus deveres profissionais de integridade e objectividade para garantir que as questões que levantou na auditoria não fossem relatadas às autoridades.
O caso percorreu várias instâncias e dois anos depois foi agora resolvido pelo Supremo Tribunal que decidiu condenar a EY a pagar a Amjad Rihan uma indemnização de 10,8 milhões de dólares por o ter envolvido numa «conduta gravemente imprópria» para esconder as conclusões da auditoria. Note-se que isto se passou com um estrangeiro, no estrangeiro com uma empresa estrangeira, cliente de outra empresa estrangeira.
Enquanto isso, aqui nos Portugal dos Pequeninos qualquer acçãozeca da treta que envolva "conduta imprópria" salta de Herodes para Pilatos durante vários anos ou décadas e, se o crime não prescrever, o criminoso é inocentado por falta de prova, e, se não for inocentado, é condenado a uma pena da treta e se, for condenado a uma pena da treta, sai em liberdade passado pouco tempo sem pagar um centavo de indemnizações.
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