07/02/2020

ACREDITE SE QUISER: O catastrofismo ambientalista (1)

Em 1968, ano de todas as revoltas, com Paris a arder e os estudantes a procurarem "la plage sous la chaussée", o clérigo anglicano Thomas Malthus reencarnou no casal de biólogos Paul e Ann Ehrlich que publicou «The Population Bomb», um livro que teve um enorme sucesso, onde se previa o fim da humanidade que morreria de fome nas próximas décadas devido ao excesso populacional.

Quatro anos depois, em 1972, o Clube de Roma constituído por umas dúzias de personalidades, entre elas Jacques Delors, Fernando Henrique Cardoso, Mikhail Gorbachev, Vaclav Havel e o rei Juan Carlos, patrocinava um estudo levado a cabo por uma equipa de sábios do MIT que fundamentou o célebre «Relatório do Clube de Roma» onde se concluiu, baseado em modelos matemáticos, que o planeta não suportaria a pressão sobre os recursos naturais e o aumento da poluição. Todos os recursos naturais, desde o ferro até ao petróleo, se esgotariam nas próximas décadas - segundo os modelos matemáticos nenhuma das matérias primas mais importantes para a indústria e a economia teria chegado aos nossos dias.

Vinte anos depois, em 1992, na Cimeira do Rio sobre o clima, onde Severn Cullis-Suzuki a precursora de Greta Thunberg fez um comovente discurso, um pouco menos patético do que a sua sucessora faria 27 anos depois, concluiu-se que restavam somente dez anos, terminados em 2002, para travar as mudanças climáticas.

(Continua)

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