Numa entrevista exclusiva ao semanário de reverência, Dilma Rousseff, a ex-"presidenta" (como fazia questão de ser chamada) sucessora de Lula, atribui a condenação de Lula e de outros dirigentes, a derrota do PT e a subsequente vitória de Bolsonaro, que resultaram da rejeição popular da corrupção extrema do seu partido, a uma rebuscada teoria da conspiração neoliberal.
Alguns excertos:
«Luto e resisto à agenda neoliberal, uma das razões essenciais do golpe, e à perseguição movida contra o maior líder popular do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na verdade, o desemprego é parte da política deste governo, que se apoia no sacrifício dos trabalhadores para concentrar renda, sustentar o arrocho fiscal e impor a agenda neoliberal.
O golpe de 2016 e a ascensão ao poder de um grupo de extrema-direita-neofascista no tratamento das questões sociais e perversamente neoliberal na condução da economia – levaram o Brasil a uma das maiores crises de sua história.»
O jornalista Caio Marinho, que conduz a entrevista visivelmente encomendada, bem podia ter ajudado a ex-presidenta a evitar o ridículo, explicando-lhe que o seu discurso panfletário e conspiratório actualmente já não passa muito bem na Europa fora do círculo dos crentes. E os crentes não ligam o presidente, eleito com a preciosa ajuda do PT, ao neoliberalismo nem ao paleoliberalismo, para eles Bolsonaro é espécie de Hitler tropical. Ponto final.
Na verdade, o desemprego é parte da política deste governo, que se apoia no sacrifício dos trabalhadores para concentrar renda, sustentar o arrocho fiscal e impor a agenda neoliberal.
O golpe de 2016 e a ascensão ao poder de um grupo de extrema-direita-neofascista no tratamento das questões sociais e perversamente neoliberal na condução da economia – levaram o Brasil a uma das maiores crises de sua história.»
O jornalista Caio Marinho, que conduz a entrevista visivelmente encomendada, bem podia ter ajudado a ex-presidenta a evitar o ridículo, explicando-lhe que o seu discurso panfletário e conspiratório actualmente já não passa muito bem na Europa fora do círculo dos crentes. E os crentes não ligam o presidente, eleito com a preciosa ajuda do PT, ao neoliberalismo nem ao paleoliberalismo, para eles Bolsonaro é espécie de Hitler tropical. Ponto final.
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