11/07/2018

Mitos (276) - Chuva na eira e sol no nabal

O mito da realidade paralela pela pena do pensador do regime:

«A estagnação das águas do pântano vem da conjugação da nossa dívida, do nosso défice, com os 'constrangimentos' europeus, as 'regras' europeias, emanando das obrigações do Tratado Orçamental e das políticas da troika que estão bastante mais vivas do que se pensa.»

José Pacheco Pereira, Público, 7 de Julho de 2018

O desmito lúcido e realista pela pena de Joaquim Aguiar no Negócios:

«A alternativa apresentada pelos que rejeitam as políticas comuns das instituições da União Europeia é realizável, basta-lhes multiplicarem os "brexits". Mas é uma alternativa vazia. Só depois de a seguirem descobrirão o buraco em que se meteram, ficando sem condições de financiamento, sem instrumentos de política económica e sem escala de mercado para poderem sair do buraco em nacional-populismo os fez cair. Não tinha de ser assim. Bastaria terem pensado e ficariam a saber que a "nossa dívida" e o "nosso défice" não têm nada que ver com os constrangimentos e as regras da União Europeia, são nossos, feitos por nós. Já foi assim na bancarrota de 1891-1892, já foi assim em duas operações de emergência com o FMI em 1978 e em 1983 - sem constrangimentos e regras da União Europeia.»

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