Dizer, como parece que Rui Rio disse no Conselho Nacional do PSD, «as eleições não se ganham, perdem-se» não será um pensamento muito original, porque já foi dito por vários outros há muito tempo. O que não impede de ser uma inferência razoavelmente sustentada pela história política das últimas décadas no Portugal dos Pequeninos.
Se lida à letra, essa inferência tem um pequeno problema: significa que qualquer apparatchik poderia ocupar o lugar de líder da oposição o que teria como consequência a inutilidade do lugar, ocupado desde há um mês precisamente pelo mesmo Rui Rio.
Se lida no contexto histórico, que é a queda dos governos por desgaste, quando deixam de poder satisfazer os fregueses a que têm de atender por esgotamento do combustível que os mantinha a flutuar, essa inferência significa que o governo socialista e a geringonça cairão quando acabar o dinheiro, para dizer a coisa de uma forma simplista.
De onde, o líder da oposição terá de governar com as medidas de austeridade que os credores impuserem e, nessas circunstâncias, talvez o líder mais adequado a essa situação não seja Rui Rio.
De onde...
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