Segundo comunicado da CT, «a RTP mantém há 3 anos como administrador, o proprietário de uma produtora e de um canal concorrente da própria empresa, o Dr. Nuno Artur Silva, dono da empresa “Produções Fictícias” e do “Canal Q”»
É certo que a CT da RTP, nem o esquerda.net que o cita, estão acima de qualquer suspeita em matéria de credibilidade. Contudo, o comunicado refere diversos factos e situações que apontam para o conflito de interesses entre as qualidades de administrador da RTP e de proprietário de empresas produtoras do Dr. Nuno Artur Silva que em sua defesa «tem alegado que a lei não o “obriga” a vender as “Produções Fictícias” desde que a RTP não mantenha com esta produtora quaisquer negócios». É o argumento clássico nesta matéria dos conflitos de interesse: não é ilegal.
Também tive algumas dúvidas até ter conhecimento do «abaixo-assinado enviado ao primeiro-ministro, ao ministro da Cultura, à administração da RTP e ao presidente do conselho geral independente da empresa pública de rádio e televisão» por «mais de 200 figuras da cultura e dos media (que) questionam saída de Nuno Artur Silva» muitas delas fornecedores de produtos da cóltura e, portanto, em situação de potencial conflito de interesses ao defenderem a permanência de outro fornecedor.
Uma vez mais se constata que no estado sucial português não há conflito de interesses. Há apenas interesses em conflito.
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