31/10/2017

A defesa dos centros de decisão nacional (20) - Unintended consequences (VII)

[Continuação de (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7),  (8), (9), (10), (11), (12), (13), (14), (15), (16), (17), (18) e (19)]


Recordemos os inúmeros manifestos pela defesa dos centros de decisão nacional, alguns deles assinados por empresários que passado algum tempo venderam a estrangeiros as suas empresas, recordemos as declarações vibrantes de patriotismo e as declarações inchadas de indignação da esquerdalhada em geral, incluindo socialistas, quando o governo «neoliberal» vendeu empresas por imposição do memorando de entendimento assinado pelo PS e resultante do resgate a que conduziu a governação de José Sócrates durante seis anos.

Recordado isso, estamos em condições de apreciar o «roadshow internacional para vender os grandes projetos portuários portugueses» que a ministra do Mar começou ontem em Pequim na companhia de 40 empresas nacionais para apresentar esses projectos a investidores chineses.

É claro para quem não se descola da realidade que esta necessidade de vender o país aos retalhos surge incontornavelmente pelo endividamento gigantesco de públicos e privados e pela consequente descapitalização da economia portuguesa, consequência de décadas a viver acima das posses. Dois anos atrás e teríamos comunistas e berloquistas a uivaram indignações, esperemos para ver como reagem agora que têm o rabo preso na geringonça.

2 comentários:

  1. A propósito de defesa e pistolas...
    Sabiam que os gatunos de Tancos devolveram um caixote com armas que não tinha sido roubado?
    Já não há gatunos como antigamente em que:
    "Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão"

    Zé do Telhado

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  2. Ahhh, são apenas os juros...malta honesta.

    neves

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