Por um lado, pode ter havido um assalto a Tancos que o ministro da Defesa não sabe se houve e, caso tenha havido, se terá devido a falta de formação. Por outro lado, um dos jornais do regime cita «um documento secreto elaborado pelos serviços de informações militares», documento que, sendo secreto, oficialmente não se sabe se existe, sobre o assalto que não se sabe que houve. Ainda por outro lado, segundo esse jornal, o documento secreto descreve «os 10 cenários sobre o que aconteceu (OU NÃO) em Tancos». Esses (DEZ) cenários têm autores que vão dos jihadistas aos «seguranças privados do mundo da noite do Porto».
Como se fosse pouco, o primeiro-ministro de um país onde se pode ter dado, ou não, um assalto em que foram ou não roubadas armas e munições de um paiol militar, vem a público garantir que o relatório secreto, cuja existência o semanário de referência garante, não existe porque se trata de «algo fabricado e não sobre um documento autêntico».
É isto espantoso? Sem dúvida. Contudo, o mais espantoso é o ruído do silêncio de comunistas, bloquistas e do jornalismo de causas que outrora teriam incendiado os jornais e enchido as ruas com pungentes indignações.
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