Diário de Notícias |
«Num documento enviado pelo governo ao Parlamento com as datas das vinte declarações com transferências para offshores que ficaram fora do radar da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) revela que a maioria delas deveria ter sido escrutinada já com o atual governo em funções (tomou posse em 26 de novembro de 2015).»
Se há domínios onde PS tem talentos notáveis um deles, o mais óbvio, é a manipulação da informação e o controlo dos jornalistas de causas que enxameiam as redacções. A evidente sincronia orquestral do caso offshores foi de grande mestria e apagou os SMS de Domingues que cairam irremediavelmente no caixote do lixo da luta partidária, com PSD e CDS a mostraram pouca competência, mesmo descontado o episódio suicidário do antigo SEAF Paulo Núncio.
Não se tratou apenas de levantar mais um caso. Não, não foi "um" caso. Foi "o" caso dos "ricos" que fogem com o "nosso dinheiro" para os offshores, tema tratado com o enorme descaramento habitual por Costa e mais inaudita ignorância à mistura com demagogia por Jerónimo e Catarina, todos devidamente acolitados por pelotões de repetidores. Como seria de esperar, o tema assim tratado bloqueou a módica inteligência de um grande número de tolos que fazem a opinião pública e colocou-os a espumar de raiva espicaçada pela inveja.
É claro que, com a maioria das declarações que deveria ter sido escrutinada já com o atual governo em funções, chegámos agora a um ponto em que o PS percebe que começa a atirar nos próprio pés. Pode-se esperar, por isso, o desacelerar da máquina agitprop da geringonça. Levará algum tempo até os peões mais zelosos perceberem e entraremos de seguida na fase Mutual Assured Distraction (MAD) onde todos se aquietarão, permanecendo só o ruído de comunistas e bloquistas - ruído surdo porque nem uns nem outros quererão entalar demasiado o governo e acabar com o seu abono de família.
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