Se um primeiro-ministro tivesse apeado à custa de manobras várias o seu concorrente à liderança do seu partido, tivesse perdido as eleições que acusou o concorrente de não conseguir ganhar, se tivesse aliado com os partidos que mais tinham combatido o seu, se tivesse falhado uma a uma as promessas de crescimento, de reestruturação da dívida, etc., se tivesse proporcionado um espectáculo ridículo de incompetência e insensatez como a recapitalização da Caixa e a nomeação da sua administração, o que diriam dele a comentadoria, os opinion dealers, o jornalismo de causas, as corporações que parasitam o Estado sucial e toda a nomenclatura do regime?
Diriam que o homem é um falhado. Por que o poupam? Porque ele é um deles, um novo situacionista sem alternativa à vista de outro que garanta que tudo continua na mesma.
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