27/04/2016

Mitos (228) - a pesada herança da longa noite fascista (XI)

Outras pesadas heranças.

Seis anos depois, para actualização deste inventário da pesada herança da dívida pública deixada pela longa noite fascista, aproveito o estudo «Finanças Públicas Portuguesas Sustentáveis no Estado Novo (1933-1974)?» de Ricardo Ferraz, um economista doutorado em História Económica e Social, um verdadeiro herege a trabalhar no Parlamento – o lugar geométrico da mitologia da esquerdalhada, este ano particularmente espevitada.

O diagrama seguinte mostra a evolução dos saldos orçamentais corrigidos (os oficiais foram todos positivos excepto em 1974 - guess why) considerando apenas os valores com impacto na dívida pública.


Como classificar as finanças públicas de um período de 40 anos que incluiu 6 anos da II Guerra Mundial e 13 anos de uma guerra colonial que exigiu um esforço financeiro tremendo para manter um exército de 240 mil homens, dos quais 170 mil a combater em três frentes? Dou a palavra ao herege Ricardo Ferraz:
«De acordo com estes resultados, é assim possível afirmar que durante o Estado Novo (1933-1974) - regime político que defendeu "finanças sãs" - as contas públicas portuguesas foram sustentáveis.»

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