O único resultado indiscutível de 5 horas semanais de matemática contra as 3 horas da média europeia é o aumento do emprego dos professores de matemática. Por várias razões, a começar porque os mais 70% de tempo de aulas continuam a deixar-nos claramente abaixo da média dos testes PISA, mesmo sem os corrigir dos «truques para apresentar resultados rápidos de sucesso para enganar os eleitores».
E a propósito cito as três conclusões que o Pertinente retirou do estudo «Education at a Glance 2015 OECE Indicators» que põem em causa as teses sindicalista da Fenprof:
1.ª – Em relação à média da OCDE, os professores portugueses já gastam menos tempo no ensino e aprendizagem e mais tempo a manter a disciplina apesar de uma média menor de alunos por turma.
2.ª – ... o número de alunos por turma é inferior à média da OCDE e não há nenhum correlação visível entre este número e a eficácia do ensino.
3.ª - número de alunos por professores em todos os níveis de ensino é inferior em Portugal à média OCDE e à média UE21 e, uma vez mais, não há nenhuma correlação visível entre este número e a eficácia do ensino.
E acrescento: «repare-se que em relação à média OCDE, Portugal tem claramente menos alunos por professor do que o número de alunos por turma. Porquê? Ora, porque haveria de ser? Porque muitos dos professores não ensinam: estão de baixa ou requisitados pelos sindicatos para fazer agitprop.»
E ainda se pode acrescentar os professores que enchem os edifícios da 5 de outubro e da 24 de julho que não sabem o que é uma escola ou uma sala de aulas.
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