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É esse, talvez, o “essencial”: neste momento, Portugal não tem meios, nem para ser liberal, nem para ser socialista. Os liberais não podem cortar impostos a fim de libertar os cidadãos dos constrangimentos fiscais, nem os socialistas podem “investir” a fim de acumular recursos no Estado. No Portugal de hoje, qualquer arrebatamento liberal ou qualquer obstinação socialista gerariam imediatamente um défice orçamental que seria impossível de financiar nos mercados internacionais. Por isso, vimos, entre 2011 e 2015, um governo acusado de “liberal” a proceder a um “enorme aumento de impostos”, e vemos agora outro governo, orgulhoso do seu “socialismo”, a preparar discretamente “cativações” para o que der e vier. Enquanto a nossa respiração financeira depender da máquina europeia, estaremos todos muito “unidos no essencial”: a austeridade.»
«O paradoxo do presidente», Rui Ramos no
Observador
Discordo no que respeita à nossa respiração financeira que depende sobretudo da dívida que acumulámos nos últimos 40 anos e que a máquina europeia nos permite ir suportando. Quem optou por se endividar optou por não ter opções e é por isso que esquerda e direita se diferenciam sobretudo pelo que dizem mas pouco pelo que fazem.
«Quem optou por se endividar optou por não ter opções e é por isso que esquerda e direita se diferenciam sobretudo pelo que dizem mas pouco pelo que fazem.»
ResponderEliminarAh, ah