Ao princípio era o verbo do programa do Syriza «write-off the greater part of public debt’s nominal value so that it becomes sustainable». Tradução: não pagamos, não pagamos.
Depois de várias involuções, a última versão de Varoufakis para Christine Lagarde é «Greece intends to meet all obligations to all its creditors, ad infinitum».
Parece que os credores ficaram aliviados, mas talvez sem razão. Na verdade «ad infinitum» pode significar «até ao fim» no sentido de integralmente - foi a interpretação optimista ou milagreira, chamemos-lhe assim. Mas até ao fim de quê? Do dinheiro ou das dívidas?
Porém, «ad infinitum» também pode ser traduzido por «without an end or limit» (Merriam-Webster), ou «again and again in the same way; forever» (Oxford) ou «for ever, without ending» (Cambridge) ou «without end; endlessly; to infinity» (Collins). E aqui a coisa vai mais no sentido de «não é para se pagar, é para se ir pagando ... até ao infinito» o que se aproxima perigosamente do «pois, pois, no dia de são nunca à tarde tratamos disso».
Em que ficamos? No lugar dos credores, pediria uma interpretação autorizada ou lá como se diz em juridiquês.
Li a bola de cristal dum sabio que dizia que até Julho vai terminar.
ResponderEliminarComo falo mal chines deduzi que era a estadia na zona euro