Estória
«Portugal realizou, hoje, um leilão de dívida de longo prazo, através de um aumento da emissão já existente para Fevereiro de 2024. Torna se relevante referir que esta foi a primeira emissão de divida de longo prazo após o pedido de ajuda financeira, sem o apoio de um sindicato bancário.
O montante desta operação ascendeu a 750 milhões de euros, o valor máximo do intervalo inicialmente indicado pelo Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), de 500 a 750 milhões de euros. A taxa de juro implícita situou se nos 3.575%, o valor mais baixo pago em emissões comparáveis desde 2005 (3.436%). De referir, ainda, que o último leilão de dívida de longo prazo não sindicado realizado pelo Estado português ocorreu em Janeiro de 2011, meses antes do pedido de ajuda externa, com a yield média da emissão a situar se nos 6.72%.
De referir que a procura por esta emissão superou a oferta de forma significativa, com o rácio bid to cover a situar se em 3.5 vezes.
Por último, torna se relevante referir que, no mercado secundário, as yields da dívida soberana portuguesa mantêm a tendência de redução, com a maturidade a 10 anos a transaccionar nos 3.64%, o valor mais baixo dos últimos oito anos (2006).»
(Fonte: newsletter do BPI)
Moral da estória
Não deitemos foguetes antes de tempo porque a procissão ainda vai no adro.
Declaração de interesse
Só quem denunciou as políticas suicidas de endividamento, não embarcou na ilusão dos governos socialistas de que as taxas baixas resultavam da saúde financeira do Estado, não inventou teorias da conspiração acerca das agências de rating, da dona Merkel, dos ianques and so on, como os contribuintes do (Im)pertinências, entre não muitos outros, tem legitimidade para referir-se ao acesso aos mercados desta maneira.
Quem andou anos a viver de mitologias e a inventar teorias da conspiração terá de: 1.º reconhecer a sua burrice e/ou falta da honestidade intelectual; 2.º bater com a cabeça na parede e pedir desculpa aos visados; 3.º estudar estas matérias e, só então, 4.º escrever sobre elas com a humildade que os ignorantes e/ou arrependidos devem demonstrar.
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