Entre os ressabiados do regime, o caso do professor Freitas do Amaral é o mais estudado pelos contribuintes do (Im)pertinência, como se pode confirmar pela vasta soma de posts que lhe foram dedicados.
A última manifestação de ressaibo foi ontem a propósito do «grande festejo por Portugal ter regressado aos mercados… (que) não é mérito deste Governo… (mas) do senhor Mario Draghi que, em Agosto passado, fez declarações em que se comprometeu a defender o euro fosse como fosse, e os mercados recuperaram confiança, e os juros começaram a baixar». Para usar as palavras do Blasfémias, o emérito ressabiado não explicou «porque é que a Grécia não acompanhou Portugal e a Irlanda … e se o mérito é todo das declarações de Agosto do senhor Draghi, porque foi que os juros da dívida portuguesa começaram a descer em… Fevereiro?»
Com melhor razão do que ao senhor Dragui, poderia o professor Freitas do Amaral atribuir ao saudoso engenheiro José Sócrates e aos seus governos (de um deles, recordemos, ele próprio fez parte) os méritos pelo regresso aos mercados porque a esses governos se deve a saída dos mercados sem a qual não teria havido regresso.
Pode ser visto aqui o vídeo com as declarações num tom sapiente e definitivo em que o emérito postula ex cathedra, repetidamente. os deméritos do governo e o mérito do senhor Dragui.
O que é incrível é que ele não percebe o ressaibo que transparece ao falar assim. Tal como Pacheco Pereira, demonstra um comportamento puramente tribal. Eu que tanto admirava estes dois pela sua inteligência, como acabaram por sucumbir a instintos tão primitivos e tribais. O ego é a ruína dos homens.
ResponderEliminarviver na quinta da marinha é carote... deve haver mingua de pareceres...parece-me.
ResponderEliminarneves