- Não estou a gostar nada das fugas de informação.
- De quais fugas, senhor primeiro-ministro? Perguntaram em coro os ministros das Finanças e da Economia.
- De todas. Isto não pode continuar assim. Vou dar um murro na mesa.
- E partir de quando é que deixa de haver fugas de informação? Perguntou um ministro, tido como a fonte de informação de Marques Mendes.
- Sim. É muito importante saber a partir de quando, sublinhou outro ministro, tido como o garganta-funda mór.
- A partir do momento em que eu der um murro na mesa.
- E o que devemos dizer às nossas mulheres, aos nossos companheiros do partido, aos nossos amigos, aos jornalistas e aos nossos contactos em geral? Perguntou um outro ministro, conhecido no meio como a orelha de Marcelo.
- O que se passa no Conselho de ministros é sagrado, disse o primeiro-ministro, dando um murro na mesa.
[Diálogo imaginado a partir de uma notícia do SOL, onde se lê: «PASSOS Coelho não gostou das fugas de informação do Conselho de Ministros da semana passada em que o QREN esteve em cima da mesa. E na reunião desta quarta-feira deu um murro na mesa. O primeiro-ministro fez questão de deixar bem claro a todos os seus colegas de Governo que tudo o que se passa naquelas reuniões semanais do Conselho de Ministros é para morrer ali - uma obrigação decorrente da lei orgânica do Governo. Contactados depois disso pelo SOL, vários ministros repetiram, de forma coincidente, que “o que se passa no Conselho de ministros é sagrado”.»]
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