Ricardo Salgado defende a revisão da estratégia do Fundo Monetário Internacional e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) «para um outro plano, que permita um relançamento da actividade económica dos países periféricos … (porque) nos países onde houve intervenção do FMI e do pacote europeu as taxas de juro continuam muito elevadas e não vejo como as empresas de países periféricos - já por si também mais frágeis - possam progredir com condições financeiras dessa natureza».
Terá, porventura, razão. Mas como não está ao seu alcance mudar a estratégia do FMI, talvez devesse concentrar-se em mudar a estratégia do BES e, como banqueiro do regime, influenciar a mudança de estratégia dos governos com quem estado em concubinato no sentido de aliviarem a promiscuidade com os negócios, reduzirem a sua intervenção na economia e na sociedade civil, promoverem a livre iniciativa e a concorrência. Por exemplo.
Ou, em alternativa, influenciar o governo a desistir de mais uma parcela de soberania e transferir a governação económica para Bruxelas (ou para Berlim), como sugere Wolfgang Schaeuble.
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