12/12/2009

SERVIÇO PÚBLICO: os irlandeses deviam aprender connosco

A Irlanda, apontada pelos nossos prosélitos do Estado Social como um bom exemplo das desgraças com que os deuses do intervencionismo castigam os pecados do liberalismo, tomou um valente trambolhão e terá perdido quase 10% do PIB este ano, enquanto o virtuoso Portugal perderá provavelmente menos de 3%. É o merecido castigo da Irlanda que há 20 anos tinha um PIB per capita igual ao de Portugal e imediatamente antes do desabar da crise financeira já tinha o dobro. Agora, justamente punida por não ter usado a receita portuguesa para o desenvolvimento e só ter uns 200 km de auto-estradas, a Irlanda já não tem o dobro de PIB per capita português - terá prá aí uns 190 e tantos por cento. Bem feito.

Não satisfeitos com as asneiras que fizeram, em vez de seguirem a receita portuguesa do investimento público virtuoso em auto-estradas, aeroportos e TGV, os descendentes dos comedores de batata resolveram pôr em prática um plano radical de corte da despesa pública, com completo desprezo pelos direitos adquiridos, a começar pelos salários dos funcionários públicos que serão reduzidos de 5% a 10%, a continuar com os ministros que terão uma redução de 15% e a acabar com o primeiro-ministro que terá um corte de 20%. Acrescentam às asneiras não aumentar os impostos, salvo um novo imposto sobre os combustíveis que vai tornar mais caro passear numas poucas centenas de km de auto-estrada que possuem.

Não há nada a fazer com eles.

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