O que significa exactamente 1.700 cientistas britânicos assinarem uma declaração preparada pelo instituto de meteorologia lá da terra manifestando «a maior confiança nas evidências observadas do aquecimento global e na base científica para concluir que isto se deve primordialmente às actividades humanas»?
Significa menos do que outros 1.700 cientistas de outra qualquer nacionalidade assinarem uma declaração preparada por Björn Lomborg manifestando as maiores dúvidas sobre a existência do aquecimento global e, caso este exista, sobre as suas causas se deverem primordialmente às actividades humanas. E significa menos porque estes outros putativos signatários ao subscreverem tal declaração, em vez de garantirem os fundos para o financiamento das suas investigações, como os seus homólogos, estariam muito provavelmente a colocá-los em risco.
Se há quatro séculos a tese do heliocentrismo de Giordano Bruno, que lhe valeu a morte na fogueira da Inquisição (o politicamente correcto da época), fosse negada em favor do geocentrismo por uma petição ao Papa Clemente VIII assinada por 1.700 doutores em teologia, ainda hoje deveríamos continuar a acreditar que o sol girava à volta da terra?
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