05/06/2009

CASE STUDY: ou há moralidade ou comem todos

Perante este caso de polícia, FNV do Mar Salgado faz uma pergunta irrespondível: «Se tivesse sido uma menina de 11 anos a ser seduzida por um homem de 30, também falaríamos de um "despertar para a heterossexualidade"?»

Irrespondível, porque as criaturas adeptas do politicamente correcto têm dois pesos e duas medidas, consoante esteja em causa a sexualidade (estatisticamente) normal ou a sexualidade (estatisticamente) anormal. Se fosse preciso acrescentar um exemplo, nada melhor que um mesmo à mão ontem publicado no i online. Neste caso a pergunta seria: «é possível (ou melhor ética e deontologicamente aceitável) dar resposta a um homossexual que pede ajuda médica para mudar de orientação sexual»?

Segundo o directório da polícia das sexualidades, representado pelos papas Daniel Sampaio, Francisco Allen Gomes e Júlio Machado Vaz, tal ajuda médica não é aceitável. E porquê? pergunto. Elementar meu caro Watson, porque a homossexualidade não é doença. Como não são doenças o nariz grande, o pénis pequeno e a celulite, que os médicos todos os dias, com grande alegria e proveito, encurtam, esticam ou aspiram, respectivamente (eu escrevi respectivamente).

E, por falar em rectificar, as cirurgias para mudar o sexo, a pretexto de tornar compatível o hardware com o software, são práticas médicas aceitáveis para os papas da sexualidade?

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