Entretanto Hollywood, infestada pelos liberais, produzia dezenas de filmes mostrando duma forma ultra-fantasiosa essa aterradora eficácia da CIA, só contrariada pela acção de um insider (e, às vezes, de alguns outsiders) que heroicamente denunciava à imprensa, ou ao único officer impoluto sobrevivente, as maquinações ilegais de personagens funestas para protegeram as conspirações do director da CIA, do presidente ou dum seu adviser.
Muitas dessas actividades sinistras ficcionadas por Hollywood podem ser, e são, prosseguidas pela CIA, como pelas outras agências de espiões (seria oportunismo comparar a CIA com a NKVD e o seus sucessores KGB, do qual foi officer Vladimir Putin, e a SVR, manobrados por cordéis cujas pontas estão no Kremlin). O que parece ser puro domínio da ficção é essa putativa eficácia porque, em boa verdade, a CIA tem falhado em toda a linha desde a sua criação. Para citar apenas alguns dos seus falhanços mais clamorosos:
- Em 1949 não antecipou a primeira bomba atómica soviética em 1949
- Em 1950 não previu a invasão chinesa da Coreia do Sul
- Foi surpreendida pelas revoltas anticomunistas na Alemanha de Leste em 1953 e na Hungria em 1956
- O fiasco da Baía dos Porcos em 1961
- Passaram-lhe ao lado os mísseis soviéticos para Cuba em 1962
- O tiro no pé com o golpe de estado do partido Bath no Iraque em 1963
- Não previu a guerra israelo-árabe de 1967
- Foi surpreendida a invasão do Kweite em 1990
- Não detectou nenhum dos preparativos para o atentado WTC em 2001, apesar das inúmeras pistas.
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