O sistema alemão de co-gestão, que assenta na cooperação entre explorados e exploradores, sucedeu no pós-guerra à sublimação nacional-socialista da luta de classes do proletariado e dos seus aliados históricos contra o patronato, sublimação que tinha substituído em 1933 a luta de classes pura e dura das Rosas Luxemburgos et alia.
A co-gestão germânica consistiu nas últimas seis décadas nos representantes dos trabalhadores enfiados na mesma cama dos capitalistas. Cansados deste sexo simbólico e ansiando por apimentar a exaurida promiscuidade, os membros da comissão de trabalhadores da Volskwagen (uma empresa semipública) deixaram-se seduzir em meados da década de 90 com viagens de luxo e idas às putas, municiados de viagras prescritos pelo médico da empresa.
A estória já é velha, mas voltou agora a lume com o início do julgamento de Peter Hartz ex-director de Recursos Humanos da VW.
(post escrito ao estilo dum peter pan berloquista)
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