28/10/2005

SERVIÇO PÚBLICO: as coisas nunca estão tão más que não possam piorar

Comentei aqui a euforia que me assaltou, contaminado por inúmeras luminárias, que celebraram a nossa subida ao 22.º lugar do ranking do Word Economic Forum.

Confessei então que essa minha euforia durou menos do que as bolhas virtuais do champanhe (que não chegou a ser aberto), esvaziada pela Joana do Semiramis, essa jeremias da Bloguilha, com este seu post derrotista.

Uma outra peça ainda mais derrotista, publicada no Público pelo doutor Medina Carreira (pode ser lido aqui nos maçónicos do Grande Loja), despertou-me a atracção pelo abismo e lá fui desenterrar a confirmação pelo ranking do Doingbusiness do World Bank. Quando esquecemos alguns dos indicadores usados pelo World Economic Forum em que a nossa excelência brilha a grande altura, tais como os “custos do terrorismo” (1º lugar), “liberdade de imprensa” (4º), “acesso aos telemóveis” (9º), baixa influência do “crime organizado” (7º) e “independência dos tribunais” (15º), e nos concentramos no business as usual, não podemos esperar grande coisa.

Podemos, contudo, consolar-nos da miséria de ficarmos atrás do Bostwana, com a glória de ficarmos à frente do panteão europeu do culto de l'État.


Ainda assim, a nossa medíocre performance na «facilidade de fazer negócios» e convencer os bancos a emprestar a grana, não é acompanhada pela facilidade de começar um novo negócio, quer a tratar da papelada quer a contratar o pessoal (para não mencionar despedi-lo).

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