[Prosseguindo a série «será o liberalismo um estado de espírito?» (1), (2), (3), (4) e (5)]
Talvez seja. Mas nesta terra será mais fácil uma criatura ser vítima do terror da Al Qaeda do que ter a mente atormentada por tal estado de espírito.
Em que se distingue o «liberalismo» dum governo do PS do «liberalismo» dum governo do PSD ou PSD-CDS? No traçado do TGV e na escolha dos artistas contemplados com os subsídios.
Qual foi o pensamento mais heterodoxo que o doutor Vitorino, a luminária mais «liberal» do PS, e um dos poucos socialistas que põe reservas aos projectos faraónicos da Ota e do TGV, produziu na sua entrevista de 3.ª feira à RTP? A dúvida quanto aos privados assumirem o risco da exploração destes projectos o que permitiria que o investimento público não fosse contabilizado como despesa para o cálculo do défice. As reservas do doutor Vitorino são reservas contabilísticas - mais uma vocação que se perdeu.
Até há poucos meses, quem era para a esquerda o paradigma do político neo-liberal? O inefável doutor Santana Lopes. O mesmo que prometeu aos artistas viabilizar o parque Mayer iniciando a conhecida e infindável saga. O mesmo que agora se propõe encerrar o seu desastroso mandato na CML com a «viabilização» duma companhia de ballet que a Fundação Gulbenkian deixou de manter.
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