Estória
Todas as semanas, por dever de ofício, tenho que basculhar o site da Imprensa Nacional.
Continuo a pagar a assinatura, sob protesto, por não consumir o Diário da República em lascas de árvores devidamente trituradas e lexivadas.
Recordo que o acesso gratuito à legislação é, até agora, uma das duas únicas convergências entre mim o o Floco de Esquerda. Isso demonstraria, se fosse preciso, que não sou sectário.
Vem esta treta a propósito da renovada sensação pletórica que me invade durante o basculho das ejaculações dos órgãos legislativos, prolongadas por incontáveis páginas, com articulados, regulamentos, normas, regras, destinadas a moldar, até ao ínfimo pormenor, a vida dum cidadão. Com o sentido prático que os portugueses têm destas coisas, borrifam-se para 99% dessas ejaculações, o que torna a vida confusa, mas viável, apesar de tudo.
Moral
As leis em Portugal são duras, mas a prática é mole. (Filipe II de Espanha, I de Portugal)
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