Há uns meses, O Impertinente escreveu numa Estória e Moral que, segundo as estimativas do ministro Bagão Félix, todos os dias faltam em média 7,6% dos "activos", isto é cerca de 410.000 songamongas estão desenfiados, a tratar das suas maleitas, reais ou imaginárias. Dito de outra maneira, cada "trabalhador" está doente, em média, 18 dias úteis ou 3 semanas e meia por ano. As estimativas do ministro, se pecarem, não é por excesso, porque foram baseadas em inquéritos no sector privado e é de supor que os funcionários públicos não faltam menos.
Nessa altura, era para O Impertinente um mistério a causa de tanta doença. Já não é.
O prof. Michael Rose da Bath University, citado no dia 3 de Setembro por Matthew Lynn da Bloomberg, chegou a duas importantes conclusões sobre os workalcoholics, baseadas num seu estudo dos trabalhadores britânicos.
Se a primeira conclusão é digna de Monsieur de La Palice - os trabalhadores compulsivos ganham mais dinheiro, a segunda é um pouco menos óbvia - os workalcoholics, além de ganharem mais dinheiro, são mais felizes e, pasme-se, mais saudáveis. Ao contrário, os songamongas calaceiros são mais infelizes, mais doentes e, claro, roiem-se de inveja do dinheiro ganho pelos workalcoholics.
Assim se percebe que somos mais atreitos à maleita porque os workalcoholics lusitanos são uma espécie mais rara do que o lince da Serra da Malcata. E assim se explica o défice crescente do SNS.
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