01/03/2025

You may not be interested in the world order—but it is interested in you

«The rupture of the post-1945 order is gaining pace. In extraordinary scenes at the UN this week, America sided with Russia and North Korea against Ukraine and Europe. Germany’s probable new chancellor, Friedrich Merz, warns that by June NATO may be dead. Fast approaching is a might-is-right world in which big powers cut deals and bully small ones. Team Trump claims that its dealmaking will bring peace and that, after 80 years of being taken for a ride, America will turn its superpower status into profit. Instead it will make the world more dangerous, and America weaker and poorer.

You may not be interested in the world order—but it is interested in you. America’s Don Corleone approach has been on display in Ukraine. Having initially demanded $500bn, American officials settled for a hazy deal for a joint state fund to develop Ukrainian minerals. It is unclear if America will offer security guarantees in return.

The administration is a swirl of ideas and egos but its people agree on one thing: under the post-1945 framework of rules and alliances, Americans have been suckered into unfair trade and paying for foreign wars. Mr Trump thinks he can pursue the national interest more effectively through hyperactive transactions. Everything is up for grabs: territory, technology, minerals and more. “My whole life is deals,” he explained on February 24th, after talks on Ukraine with Emmanuel Macron, the French president. Trump confidants with business skills, such as Steve Witkoff, are jetting between capitals to explore deals that link up goals, from getting Saudi Arabia to recognise Israel to rehabilitating the Kremlin.

This new system has a new hierarchy. America is number one. Next are countries with resources to sell, threats to make and leaders unconstrained by democracy. Vladimir Putin wants to restore Russia as a great imperial power. Muhammad bin Salman wants to modernise the Middle East and fend off Iran. Xi Jinping is both a committed communist and a nationalist who wants a world fit for a strong China. In the third rank are America’s allies, their dependence and loyalty seen as weaknesses to exploit. (...)

Meanwhile, when borders are contestable wars will follow. Even giants like India may feel insecure. Because Mr Trump views power as personal rather than anchored by America’s institutions, he may find it hard to persuade his counterparts that agreements will endure—one reason he is no Henry Kissinger. (...)

Mr Trump believes that America can partially or fully abandon Europe and perhaps its Asian allies, too. He says it has a “beautiful ocean as a separation”. However, wars now involve space and cyberspace, so physical distance offers even less protection than it did in 1941, when Japan’s attack on Pearl Harbor ended America’s isolationism. What is more, when America wants to project hard power or defend the homeland, it depends on allied help, from the Ramstein airbase in Germany and Pine Gap signals station in Australia to missile-tracking in Canada’s Arctic. In Mr Trump’s world, America may no longer have free access to them. (...)»

The end of the post-1945 order

3 comentários:

  1. «(…) under the post-1945 framework of rules and alliances, Americans have been suckered into unfair trade and paying for foreign wars..»

    E é mentira? O escândalo da USAID é um excelente exemplo. Os EUA estavam a ser o papá rico de muita gentinha pouco recomendável, espalhada um pouco por todo o mundo, com apenas uma pequena parte da elite económica dos EUA a tirar proveito.

    Entretanto, aqui na Europa, o “intelectual” médio gabava o generoso estado social em vários países europeus, enquanto insultava regularmente os norte-americanos pela sua cultura bélica e capitalismo “selvagem”. Os cidadãos norte-americanos são frequentemente ridicularizados como retardados mentais, fanáticos religiosos obesos que vivem em autocaravanas e mal conseguem manter um emprego, enquanto os cidadãos europeus são sempre virtuosos, educados, ponderados e moralmente superiores.

    Só que depois veio a guerra – mais uma vez – e todas estas ilusões de superioridade foram destroçadas pela realidade. A implacável Senhora Realidade, que colocou os europeus arrogantes no seu devido lugar. Já o Vegécio tinha alertado há mais de 1600 anos: “quem quer a paz, prepara a guerra”. Mas os europeus de hoje têm a mania que sabem melhor do que as pessoas de antigamente, priorizando comprar gás natural à Rússia e mudar as suas fábricas para a China à responsabilidade inescapável de cuidar da sua própria segurança.


    «In Mr Trump’s world, America may no longer have free access to them.»

    E qual é a alternativa? Continuar a financiar a guerra até que todos os ucranianos em idade militar tenham sido aniquilados? E depois disso, mandam-se para lá o resto dos jovens europeus para terem o mesmo destino? O (Im)Pertinente está disposto a mandar para lá os seus filhos (se é que os tem, sequer)?

    Espera lá, já sei, mandamos os imigrantes ilegais de que o (Im)Pertinente tanto gosta, é isso?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A fonte (The Economist) foi um reputado jornal que assinei ao longo de cerca de 25 anos: em 2015 começava a ser woke e agora (Há 8 anos) é apenas AntiTrump (mas probiden e próKamala - um pobre senil e uma teenager idiota.) Pena, continuo a comprá-lo, dois em dois meses, para me actualizar sobre o mundo (não lendo como a Kamala iria governar o mundo...).

      Ordinário e malcriado, o que a Trump et al não é difícil: espero é que isso traga, como sugeria Helena Matos no Observador, lhe traga acesso e possibilidade de trazer a paz (não ha boa paz) ao povo, povos Ucraniano e russo.

      Eliminar
    2. Sim, a Economist já foi uma publicação de renome mundial, embora sempre se tenha notado uma preferência clara pelos "democratas" e pelas políticas keynesianas de que o Obama tanto gostava.

      Mas o que a mim me incomoda é sobretudo a aparente ausência de uma estratégia consequente por parte dos “líderes” europeus: a ideia parece ser apenas transferir dinheiro e armas para a Ucrânia in perpetuam, como se houvesse um stock de combatentes ucranianos inesgotável.

      A verdade é que a Europa foi apanhada com as calças na mão, incapaz de reagir ao desenrolar dos acontecimentos. E vai demorar pelo menos alguns anos até que os europeus sejam capazes de se organizar devidamente e criar um exército comum que imponha respeito ao resto do mundo.

      É nesse sentido que a paz “trumpiana”, a ser alcançada, me pareceria um mal menor. A alternativa – e espero estar enganado a este respeito – será a destruição total da Ucrânia, com os sonsos dos “líderes” europeus a dizerem que os ucranianos – e outros europeus que, entretanto, forem lá parar – foram uns heróis. Ora, eu prefiro estar vivo a ficar herói mas morto. Sobretudo nestes tempos em que as fronteiras dos países já só se respeitam quando convém e ninguém sabe ao certo porque é que (e por quem) está realmente a lutar…

      Eliminar