Como de costume, com a divulgação dos dados do European Patent Office inicia-se um período de celebração, com um anúncio do governo no melhor estilo «portugueses no topo do mundo», celebração de imediato replicada pela imprensa amiga com a habitual louvaminha que não resiste à análise mais superficial.
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Desde logo, porque com 290 pedidos de patentes em 2021, por cada três pedidos de patente aumentados o número de patentes portuguesas cresce 1%. Depois porque as 312 patentes portuguesas, das quais 15% de quatro empresas, representaram 0,16% total de cerca de 193 mil pedidos, 0,37% das cerca de 84 mil pedidos de patentes europeias, 5% das holandesas, 16% das suecas e 8 ou 9% das dinamarquesas, belgas e austríacas. É claro que há muitos outros países com menos pedidos, mas nada justifica o empolgamento.
Até a COTEC - Associação Empresarial para a Inovação - se deixou embalar, comentando em entrevista ao Negócios «a inovação está a passar de uma excentricidade a um hábito saudável das lideranças mais bem-sucedidas».
mais liberdade |
É um juízo difícil de sustentar quando olhamos para o Índice Global de Inovação.
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