«Hoje, a humanidade vive na expectativa de uma guerra. E a guerra significa inevitáveis vítimas humanas, destruições, sofrimentos de um grande número de pessoas, o fim do modo de vida normal, a destruição de sistemas vitais de funcionamento de Estados e povos. Uma guerra grande é uma enorme tragédia e um crime grave. Acontece que no centro desta ameaçadora catástrofe está a Rússia. E pela primeira vez na sua história.
Antes, a Rússia (URSS) conduziu guerras inevitáveis (justas) e, guerra geral, quando não havia outra saída, quando estavam sob ameaça os interesses vitais do Estado e da sociedade.
E o que é que hoje ameaça a existência da própria Rússia, há semelhantes ameaças? Pode-se afirmar que, realmente, as ameaças estão à vista: o país está no limiar de terminar a sua história. Todas as esferas vitalmente importantes, incluindo a demografia, degradam-se constantemente e os ritmos de redução da população batem recordes mundiais. E a degradação tem um carácter sistémico e, em qualquer sistema complexo, a destruição de um dos elementos pode conduzir à queda de todo o sistema.
E, pensamos nós, esta é a principal ameaça para a Federação da Rússia. Mas esta ameaça tem uma natureza interna, que parte do modelo de Estado, da qualidade do poder e da situação da sociedade.
E as causas do seu aparecimento são internas: a inviabilidade do modelo estatal, a total incapacidade e falta de profissionalismo do sistema de poder e administração, a passividade e desorganização da sociedade. Nenhum país viverá muito nestas condições.
No que respeita às ameaças externas, elas estão incondicionalmente presentes. Mas, segundo peritagens nossas, elas, actualmente, não são críticas, não ameaçam directamente o Estado da Rússia, os seus interesses vitalmente importantes. Em geral, conserva-se a estabilidade estratégica, as armas nucleares estão seguras, os contingentes da NATO não aumentam, não há sinais de actividade ameaçadora.
Por isso, a situação crescente de tensão em torno da Ucrânia tem, antes de tudo, um carácter artificial, mesquinho para algumas formas internas, nomeadamente da Rússia.»
A denúncia das manobras do Czar Vlad a pretexto da Ucrânia é um excerto da mensagem ao Czar do general-coronel na reserva Leonid Ivashov em nome da União dos Oficiais da Rússia que José Milhazes traduziu e publicou no Observador, prestando um serviço a quem procurar conhecer a verdade por trás do nevoeiro informativo.
O pobre nunca recuperou dos anos que viveu na urss. Ninguém recupera.
ResponderEliminarAbraço