27/05/2021

SERVIÇO PÚBLICO: Com a verdade nos enganam - "influenciados por três russos envolvidos numa revolução mal-sucedida"

«No Congresso do Bloco houve uma frase memorável. Um congressista, Américo Campos, afirmou o seguinte: “É curioso que três russos envolvidos numa revolução mal-sucedida, com mais de 100 anos, influenciam um partido de esquerda do século XXI.” Os três russos são, obviamente, Lenine, Trotsky e Estaline. Não sei se o camarada Américo percebeu devidamente o que estava a dizer. Se percebeu, não sei se já foi expulso ou silenciado pelo partido, como faziam os famosos três russos aos seus camaradas que se afastavam da linha oficial (e como fizeram uns aos outros, mais precisamente Estaline a Trotsky).

De propósito ou sem querer, o camarada Américo revelou o grande disfarce do Bloco. Um partido que continua a seguir uma ideologia que fracassou e espalhou violência, miséria e pobreza em todo o lado onde chegou ao poder. Mas usa uma linguagem moderna atraente para os jovens e até os liberais urbanos para disfarçar a sua verdadeira natureza. Um partido onde quem pensa são os discípulos dos três russos, neste caso Louça, Fazendas e Rosas, mas os rostos da falsa modernidade são a Catarina, as manas Mortágua e a Marisa. Ninguém tenha ilusões, o poder está com os velhos revolucionários, não está com as senhoras simpáticas. Além disso, as senhoras simpáticas pensam como os velhos revolucionários. Tudo o que sabem foi com eles que aprenderam.

Nas ideias de muitas das moções apresentadas no Congresso, há uma linha constante: o anti-capitalismo, e a luta contra a economia de mercado e a iniciativa privada. A política económica do Bloco tem um objectivo máximo: a nacionalização da economia. Os bancos, os CTT e a TAP seriam apenas o início. Depois nacionalizariam a EDP, a Galp, as várias indústrias, as seguradoras, a hotelaria, as empresas agrícolas e os meios de comunicação social. Quando Louçã sugere Mariana Mortágua para ministra das Finanças, o que quer dizer é que ela seria a CEO da economia portuguesa, e ele seria naturalmente o Chairman.» 

Excerto de O anti-capitalismo do Bloco, João Marques de Almeida no Observador

Por falar em anti-capitalismo, recordo que o capitalismo e os mercados são apenas a democracia liberal a funcionar na economia, sem os quais a democracia no mínimo é meramente formal e no máximo não existe. E, já agora, recordo também que a aliança espúria e oportunista do Dr. Costa com os marxismos comunista e bloquista, para governar apesar de ter perdido as eleições de 2015, contaminou irremediavelmente o Partido Socialista e está a transformá-lo num partido colectivista cujo propósito se resume à ocupação do aparelho de Estado fazendo o país pagar por isso um elevado preço.

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