Quando Chloé Zhao, a cineasta chinesa expatriada nos EUA, ganhou em Fevereiro o Globo de Ouro pelo mesmo Nomadland que lhe haveria de dar o Oscar três meses depois, os jornais oficiais controlados pelos apparatchiks do PCC saudaram-na e exaltaram-na como um orgulho para a China. Logo de seguida o zelotas esgravataram o seu passado e desenterraram uma afirmação sua que a China é «um lugar onde há mentiras por toda parte».
O resultado - esperado por quem não tenha ilusões sobre o jugo que o imperador Xi Jinping e o PCC exercem sobre o povo chinês - foi o desaparecimento do nome de Chloé Zhao dos mídia e das redes sociais e o cancelamento da distribuição do seu filme na China.
Nada de novo, apenas o habitual. O nome de Hao Haidong, o melhor marcador do futebol chinês que agora vive no estrangeiro, que disse o ano passado que o Partido Comunista «causou atrocidades horríveis contra a humanidade», foi de seguida completamente obliterado dos mídia e dos sites chineses.
Aqui na Europa não é muito diferente. A “liberdade de expressão” é reservada para papaguear os dogmas do “consenso”. Quem calcar o risco também é obliterado. Alguns vão mesmo para a prisão, em países tão “democráticos” como a França e a Alemanha.
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