Foi isso que esteve em causa na eleição presidencial americana. De um lado, um Donald Trump, epifenómeno criado por uma sociedade muito dividida, a quem foi oferecido um argumentário com inimigos internos e externos, que com a sua demagogia e retórica doentiamente narcisística mobilizou muitos dos que se sentem ameaçados no emprego, no modo de vida, na moral ou nos costumes numa America that is no longer great. Do outro, um político incaracterístico sem visão, escolhido por ser o menor múltiplo comum de diversas correntes, partilhando pouco mais do que um inimigo.
Apesar de derrotado, Trump pode não ter morrido politicamente e, com ele ou sem ele, o trumpismo continuará vivo e de boa saúde porque o caldo social, económico e político que o gerou permanece e não vai ser uma administração Biden que o alterará. Será preciso correr muita água debaixo da ponte Theodore Roosevelt.
A divisao politica hoje é entre globalistas ( Obama, Clint, Bush, etc ) e soberanistas como Trump e, cá por fora, bolsonaro, Salvini e outros em Italia, em França Chevnement, Zemmour, Le Pen, Dupont Aignan etc, Orban, grupo d Visegrad e outros. Na EU manda a Merkel soberanista e os Macrons que por aí andam obedecem não só porque as regras aprovadas à socapa em Bruxelas assim obrigam mas também porque a distribuição de fundos contam muito.
ResponderEliminarE mais não digo porque por cá estes meus comentários são em geral censurados.
Não tenho conta google nem URL e só por isso assino e anónima
O seu comentário tem bastante mérito, caro (im)Pertinente, mas julgo que está enganado no final: os motivos que levaram ao "trumpismo" estão a acelerar, não podem ser alterados pela via política. Eles não se prendem apenas com o emprego e os costumes, prende-se sobretudo com a transformação demográfica, social e cultural do Ocidente.
ResponderEliminarEu por mim falo: nunca mais votarei em partidos ou políticos "moderados". Nunca mais! Já não o faço desde 1996 e não o farei no futuro. Os "moderados" metem-me nojo! Soares, Guterres, Sócrates, Costa, Cavaco, Passos Coelho, Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes... não há um único que se aproveite! É que nem um!!! Todos demagogos, todos hipócritas, todos desligados da realidade e por vezes até criminosos!