26/10/2020

SERVIÇO PÚBLICO: Deixaram de cantar os amanhãs do Dr. Costa (que um dia tentará refugiar-se em Bruxelas, como o outro se refugiou em Paris)

«Combater com a realidade aquilo que queremos muito ouvir é praticamente impossível. Os últimos anos foram muito ricos em exemplos dessa regra geral. Quisemos acreditar que o problema das pensões estava resolvido, quisemos acreditar que o subfinanciamento da saúde e da educação estava resolvido, quisemos acreditar que era possível aumentar o salário mínimo sem que isso tivesse efeitos no emprego, quisemos acreditar que a redução do horário de trabalho da função pública não custava dinheiro ou degradação dos serviços, quisemos acreditar que era muito fácil e barato reduzir o desequilíbrio das contas públicas, quisemos acreditar que se podia reduzir o défice público, reduzir impostos e, ao mesmo tempo, dar mais e mais dinheiro a pensionistas e funcionários públicos. Disseram-nos que isso era possível e nós, de tantos desejarmos, acreditámos no milagre. O problema é que não há milagres. Assim que desapareceu o crescimento, assim que apareceu a crise, os mesmos problemas de sempre voltam a perseguir-nos.»

Continuar a ler Tempos de ilusão e demagogia, Helena Garrido no Observador

1 comentário:

  1. "Em um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam,
    desde que o governo possa controlá-lo pela força usando cassetetes.
    Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem
    que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer
    isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação
    de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou
    reduzindo-a a alguma forma de apatia"
    (Chomsky, N., 1993)

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