21/10/2020

De volta à Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (43) - O excesso de mortalidade não Covid - o caso da Inglaterra e Gales

Este post faz parte da série De volta à Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva

Não é só em Portugal que existe um excesso de mortalidade não explicável pela pandemia devido à falta de respostas da saúde pública e/ou como efeito indirecto do confinamento. No caso do Reino Unido, um estudo da London School of Hygiene and Tropical Medicine concluiu que o atraso nos tratamentos causará um aumento de mortalidade em várias patologias: cancro da mama entre 281 e 344; cancro do colon 1.445 a 1.563;  cancro do pulmão 1.235 a 1.372; cancro do esófago 330 a 342. 

Outro estudo da Universidade de Leeds estima que já ocorreu um excesso de 2.085 morte por doença cardíaca e AVC.

Segundo o Office for National Statistics, em Inglaterra e Gales morreram em casa mais 25.472 pessoas do que a média dos últimos cinco anos, o que compara com os mais de 40 mil mortes por e com Covid.

Em todo o caso, este excesso parece representar uma proporção muito menor do que os cerca de 25% que os 2.018 óbitos por e com Covid em Portugal representam do excesso total de 7.474 óbitos (INE). De onde, parece razoável concluir que o colapso do SNS português supera em muito as dificuldades do NHS inglês.

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