Um bom exemplo disto é o socialista Seixas da Costa, um dos grandes acumuladores de cargos de administração em grandes empresas e, por “pura coincidência”, um grande adversário político das ideias liberais e da economia de mercado (os beneficiários dos regimes compadristas tendem a detestar o capitalismo e a economia de mercado). Seixas da Costa foi embaixador de Portugal na UNESCO. No exercício das suas funções, Seixas da Costa influenciou a UNESCO para permitir a construção da barragem do Tua, que destruiu parte do Património Mundial do Alto Douro. Teve sucesso na sua empreitada e quando deixou o cargo público tinha à sua espera um lugar de administrador na empresa concessionária da barragem (a EDP Renováveis) e na empresa que a construiu (a Mota-Engil). Para além destas duas empresas no sector da energia e da construção, ainda consegue ter “capacidade de gestão” para ser administrador da Jerónimo Martins no sector da distribuição. (...)
Em Portugal sem “contactos” não se vai a lado nenhum. Desde a pequena empresa que precisa de contactos na câmara para não estar sempre a levar com multas e fiscalizações à grande empresa cujo desempenho depende dos contactos no governo.»
O regime compadrista, Carlos Guimarães Pinto no Eco
Esta é uma questão transversal ao espectro político. Quase todos das esquerdas e muitos das direitas detestam a concorrência, não praticam a igualdade de oportunidades, adoptam o nepotismo como forma de vida e cultivam o inbreeding. O resultado é o Portugal dos Pequeninos.
Ha pouco tempo ouvi dizer, a propósito de um dos escândalos que por lá houve, que nepotismo é corrupção. Por cá, ouvi dizer, por acaso, que não era assim.
ResponderEliminarOnde ouvi chamar corrupção ao nepotismo foi em França.
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