«Sim, leu bem. Saudades dos maricas, de bichas, de abafa-palhinhas, de paneleiros, de fufas, veados, sapatonas… Eram pessoas boas, das que não andavam aí a impor normas, só a defenderem a liberdade individual de os deixarem em paz sem julgamentos colectivos. Eram pessoas com dúvidas, com angústias sobre se o seu estilo de vida notoriamente fora da norma podia ser compatível com o culto religioso e com uma salutar convivência com a família. Eram defensores acérrimos da liberdade individual e do extraordinário direito a não ser julgado por ninguém na sua vida pessoal.
Agora só temos LGBT(x)s chatos, puritanos, massacradores da realidade. Os velhos não andavam aí a “desafiar normas”: entendiam perfeitamente que o estado default de qualquer animal é o da heterossexualidade, pelo que compreendiam serem eles os fora da moda social, os marginais. Aceitavam a marginalidade, não impunham ficções sobre a normalidade.»
Tenho saudades dos maricas, no Blasfémias
E não só. Qualquer animal quando tem uma doença mortal antes ou durante a idade reprodutora, não procria, não transmite genes fracos. e auto-regula a população.
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