Tudo começou quando Augusto Santos Silva, ministro em exercício dos Negócios Estrangeiros, trotskista juvenil com passagem pelo MES e entrada no PS com saída do anonimato de uma carreira de professor de escola secundária para uma carreira de deputado e ministro sucessivamente de Guterres, Sócrates e Costa, na sessão de encerramento do Fórum Anual de Graduados Portugueses no Estrangeiro em Coimbra, considerou que as empresas portuguesas sofrem de «fraquíssima qualidade da sua gestão» e que não serão capazes «de perceber a vantagem em trazer inovação para o seu seio e a vantagem em contratar pós-graduados e doutorados».
Em resposta, António Saraiva, o presidente da CIP, que vergava a mola na Lisnave na época em que Santos Silva frequentava as catacumbas do trotskismo, puxou o lustro à classe empresarial e deu o troco na mesma moeda ao ex-trotskista: «as afirmações proferidas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros só podem ser entendidas por terem sido ditas por alguém que, vivendo fechado em ambientes palacianos, há muito que não sai à rua para ver como o mundo lá fora gira e avança».
Ambos puxam a brasa à sardinha rançosa das suas respectivas classes, passando ao lado de que, sendo certa a fraquíssima qualidade da gestão da maioria das empresas portuguesas, enfiar-lhe dentro manadas de pós-graduados e doutorados em sociologia, sexologia e matérias afins por universidades da treta geralmente incapazes de inovar seja o que for, só baixaria mais a qualidade da gestão, e ainda passando ao lado de que um membro de uma classe política medíocre e infestada de corruptos com o passado de serventuário que ele tem deveria guardar de Conrado o prudente silêncio a respeito da fraquíssima qualidade seja do que for.
A evolução, nos últimos 25 anos, de variáveis como, por exemplo, PIB, dívida do estado, dívida privada externa, balança de pagamentos e défice real do estado e da EP’s mostra a qualidade dos políticos que dominaram o período. Ou a falta dela. Quando há conluio entre o poder económico, político e mediático...estamos feitos! Nem é preciso fazer diagnóstico.
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