Recapitulação
Ao princípio era o verbo do Eng. José Sócrates: mais de um milhão de passageiros até 2015 e o investimento seria recuperado nos 10 anos seguintes. Era o multiplicador socialista a funcionar de acordo com o estudo «Plano Regional de Inovação do Alentejo» da autoria de Augusto Mateus, um ex-ministro socialista da Economia do 1.º governo de Guterres. Segundo o estudo o aeroporto de Beja iria constituir uma «plataforma logística para a carga a receber e a expedir de/para a América e África, incluído o transporte de peixe, utilizando aviões de grande porte e executando em Beja o transhipment para aviões menores para a ligação com os aeroportos europeus».
Isso não impediu o emérito economista mais tarde, em entrevista ao Expresso, de dizer «temos de ter a coragem de dizer não a muitos projectos» porque «só se devem apoiar projectos que trazem algo de verdadeiramente importante em matérias de reestruturação e reorientação da economia portuguesa». Sem dúvida que a ginástica do emérito exige muita coragem.
Últimos desenvolvimentos
«Depois de aterrar esta manhã (ontem) no aeroporto de Beja o Benfica teve de esperar 45 minutos para poder sair do avião. (...) a demora deveu-se ao facto de não estar presente, no momento da aterragem, nenhum membro da alfândega ou do Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF)» (Observador)
Não se percebe a surpresa (vê-se logo que não frequentam este blogue). Pois se o avião com os campeões nacionais do chuto chegou na segunda-feira e o aeroporto só abre aos domingos.
Nota: Este é mais um exemplo do efeito que baptizei de Lockheed TriStar e que no Portugal dos Pequeninos ocorre com inusitada frequência. Em linguagem popular pode ser assim descrito: «perdido por cem, perdido por mil».
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