«Passados 27 anos da queda do Muro de Berlim e veja-se onde estavam então os dois homens: Trump vivendo na Trump Tower e ainda promovendo «The Art of the Deal»; Putin era o segundo oficial no posto avançado do KGB em Angelika Strasse, na cidade de Dresden no leste alemão. Enquanto o Ocidente capitalista crescia, o mundo de Putin desmoronava. O KGB foi expulso da Alemanha Oriental, os exércitos soviéticos retiraram-se da Europa de Leste e, em seguida, o ex-espião supérfluo do KGB teve de testemunhar a desintegração da poderosa URSS. Deve ter sido surpreendente para ele, anos mais tarde, testemunhar uma Europa à beira do colapso. E manipular as eleições dos EUA, enquanto Trump o defende contra a CIA que ele combateu toda a sua carreira como espião. Mas em 2017 pode ter um prémio ainda maior. Se União Europeia se desintegrar e Trump desestabilizar a aliança da NATO, a Rússia de Putin terá a Europa onde a quer e deixará de existir uma união que ele não pode controlar: o funcionamento das democracias da Europa Ocidental, cujo exemplo ameaça o governo de Putin na Rússia, será fatalmente afectado. Isso será uma reviravolta ainda maior.» («Is Putin’s master plan only beginning?», Henry Porter na Vanity Fair)
28/06/2019
Encalhados numa ruga do contínuo espaço-tempo (87) - Obsoleto é um poucochinho exagerado. O liberalismo não é uma moda. É um modo de vida, como o despotismo
«Passados 27 anos da queda do Muro de Berlim e veja-se onde estavam então os dois homens: Trump vivendo na Trump Tower e ainda promovendo «The Art of the Deal»; Putin era o segundo oficial no posto avançado do KGB em Angelika Strasse, na cidade de Dresden no leste alemão. Enquanto o Ocidente capitalista crescia, o mundo de Putin desmoronava. O KGB foi expulso da Alemanha Oriental, os exércitos soviéticos retiraram-se da Europa de Leste e, em seguida, o ex-espião supérfluo do KGB teve de testemunhar a desintegração da poderosa URSS. Deve ter sido surpreendente para ele, anos mais tarde, testemunhar uma Europa à beira do colapso. E manipular as eleições dos EUA, enquanto Trump o defende contra a CIA que ele combateu toda a sua carreira como espião. Mas em 2017 pode ter um prémio ainda maior. Se União Europeia se desintegrar e Trump desestabilizar a aliança da NATO, a Rússia de Putin terá a Europa onde a quer e deixará de existir uma união que ele não pode controlar: o funcionamento das democracias da Europa Ocidental, cujo exemplo ameaça o governo de Putin na Rússia, será fatalmente afectado. Isso será uma reviravolta ainda maior.» («Is Putin’s master plan only beginning?», Henry Porter na Vanity Fair)
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