27/01/2019

ESTÓRIA E MORAL: Tenho esta cor e posso ter outra se não gostarem desta

Estória

Era uma vez uma criatura que jurava seguir a linha do Siryza, indignava-se com a ditadura do défice e garantia virar a página da austeridade.

Costa claro: Cartaz de campanha
Fez uma campanha com fotos branqueadas para disfarçar a cor da sua pele, perdeu as eleições, aliou-se, segundo as suas palavras, a «um partido oportunista que parasita a desgraça alheia e é incapaz de assumir responsabilidades» para chegar a primeiro-ministro, passou a orgulhar-se da redução do défice à custa do aumento da carga fiscal e da redução das despesas de investimento deixando o adorado SNS exangue.

Num debate no parlamento a semana passada, quando perguntado pela líder de um partido da oposição se condenava ou não actos de vandalismo num bairro degradado habitado por africanos, a criatura, agora primeiro-ministro, respondeu
«Deve ser pela cor da minha pele que me pergunta»
Costa escuro: foto recente durante um comício 

Moral

Como groucho-marxista, Costa não só tem os princípios que tem e pode ter outros se não gostarem destes, como também tem esta cor e pode ter outra se não gostarem desta.

4 comentários:

  1. Este estafermo deu um rosto concreto ao conceito abstracto de "bandalho".

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  2. Boas malhas.
    Muito bom post que me elevou da tristeza para a alegria. Os blogs também têm disto. Graças a Deus.
    Abraço

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  3. Tem o mérito de se branquear.

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  4. Vale a pena procurar (já anda escondido) o comentário de Gabriel Mithá Ribeiro no observador. Muito bom. Límpido. Por isto é necessário reler.
    Parece-me que ainda funcione em: https://observador.pt/opiniao/costa-caneco/

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