Recapitulando: já concedi que umas dezenas de milhar de visitantes (o número de participantes deste ano foi cerca de 70 mil), vá lá, uns cento e tantos mil, que por cá apareçam para ver o show de várias luminárias, incluindo o extra-programa do presidente Marcelo a agitar-se no palco, gastem umas dezenas de milhões de euros, vá lá uns cento e tantos milhões, justificando assim os 11 milhões que o governo paga com o nosso dinheiro ao Paddy. Quanto aos intangíveis, que por serem intangíveis nunca ninguém os vai tanger, esses, como já aqui escrevi são insultos à inteligência.
Um dos intangíveis que justificaria a Web Summit seria o efeito atractivo das palhaçadas sobre os investidores que, segundo o wishful thinking dos promotores, trariam resmas de investidores dispostos a torrar o seu dinheiro nas ideias luminosas das luminárias de serviço.
Um dos intangíveis que justificaria a Web Summit seria o efeito atractivo das palhaçadas sobre os investidores que, segundo o wishful thinking dos promotores, trariam resmas de investidores dispostos a torrar o seu dinheiro nas ideias luminosas das luminárias de serviço.
Não é bem essa a ideia de Stephan Morais, o promotor da Indico Capital Partners, um fundo privado e independente de capital de risco, que reuniu 46 milhões para investir em startups tecnológicas e que, por isso, tem de pôr o dinheiro onde põe a boca.
Segundo ele «a vasta maioria das pessoas e das instituições com quem falamos e que não quis investir, disseram que não faziam venture capital e que esta classe de ativos não lhes interessava. Ou então diziam que não investiam no sul da Europa. (...) A credibilidade de Portugal foi um fator importante… negativamente (...) o país é visto como o sul da Europa, ou seja, não aparece no radar. Os investidores institucionais não querem saber do Web Summit.»
Lá se vai mais um mito.
Lá se vai mais um mito.
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