Por várias razões que não vem agora ao caso, sou da opinião que as criptomoedas não sendo moedas não terão futuro como moedas, como diria o Senhor de La Palice (se ele tivesse dito o que se diz que disse, mas não disse).
Pelos vistos, Vítor Constâncio, várias vezes ministro, governador do BdP e de seguida secretário-geral do PS (estranho não é? estamos em Portugal, não esqueça) e, até há pouco tempo, o nosso homem em Frankfurt no BCE, é também da mesma opinião: Criptomoedas «não são moeda coisa nenhuma» disse numa conferência no ISEG onde foi assistente e hoje é professor convidado.
E foi aí que as minhas certezas quanto às criptomoedas se transformaram em dúvidas ao recordar que em 23 de Fevereiro de 2000, Vítor Constâncio na tomada de posse como Governador do BdeP, também garantia «...Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária...».
Enfim, todos ainda devemos estar recordados da bancarrota a que nos conduziu Sócrates, de quem Constâncio foi ministro anexo, que também acreditava nos milagres da moeda própria e governou o país como se fosse o estado do Mississipi.
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