«Fernando Medina esteve esta semana na SIC e o jornalista Bernardo Ferrão fez-lhe a pergunta: “A Torre de Picoas está avaliada em cerca de 120 milhões de euros, e o terreno onde foi erguida era de um empresário que achava que podia ali construir entre 12 a 14 mil metros quadrados. Foi-lhe dito que não, que não o podia fazer. Ele acabou por vender o terreno ao BES por um euro, e depois o PDM foi alterado. A capacidade de construção aumentou para 24 mil metros quadrados e fez-se esta torre. Isto não é suspeito, Fernando Medina?” Fernando Medina respondeu: “Não, não é suspeito.”»
Contado por João Miguel Tavares no Público
À primeira vista, pode parecer suspeito o presidente de uma câmara onde se passam coisas suspeitas garantir que «não é suspeito». À segunda vista, até pode perceber-se. Em boa verdade, depois de tudo o que se sabe que se passou e se passa na câmara de Lisboa, há pouco espaço para a suspeita.
É a cultura do PS. Resposta igual à do Costa perante os mortos dos incêndios de outubro,16 e do ministro da defesa perante o roubo de Tancos, como exemplos mais flagrantes. O que se pode perguntar é o que permite a estes indivíduos ter o « toupet » de vir a público dizer estas alarvidades? Tal só é possível porque os media já se encarregaram de banalizar o escândalo político quando este é obra da esquerda. Mesmo que toda a direita se escandalizasse ( o que está longe de ser o caso ), o célebre « direito à indignação » só tem voz quando manifestado pela esquerda.
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