16/09/2018

A recondução da Joana Marques Vidal como PGR seria uma ameaça ao regime

Porquê uma ameaça ao regime?, perguntarão os distraídos. Recordemos o sossego e harmonia em que se vivia no Portugal dos Pequeninos antes de JMV se mudar para a Rua da Escola Politécnica e compare-se com o que se passou desde então.

Sem pretender ser exaustivo, foram acusados um ex-primeiro-ministro que cumpriu dois mandatos um deles com maioria absoluta e não por acaso se apelidou a si próprio de «animal feroz», vários banqueiros, um deles não por acaso conhecido por «Dono Disto Tudo», gestores mediáticos, membros de um governo em exercício, dirigentes dos maiores clubes de futebol, por último uma instituição como a Protecção Civil cujos dirigentes eram amigos do primeiro-ministro e até autarcas itinerantes do bloco central.

É preciso dizer mais? É preciso explicar porquê, justamente preocupados, a ministra da Justiça Socialista, o primeiro-ministro e resmas de luminárias socialistas e até o líder do PS-D já se pronunciaram pela evidente inconveniência da recondução e por um regresso à harmonia e ao sossego?

E não só eles. Segundo um inquérito da opinião da Eurosondagem, esse paradigma de competência, independência e isenção, só 43,8% dos portugueses são a favor da recondução e a maioria (44,4%) são a favor do sossego e harmonia e, portanto, contra a recondução.

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