«Mas, no fundo e salvo divergências nos detalhes, todos querem mais ou menos o mesmo, quanto mais não seja porque os seus eleitorados, na medida em que ainda não os trocaram pelos encantos da abstenção, querem todos mais ou menos o mesmo: o máximo possível de benefícios oferecidos pelo Estado com o mínimo possível de saque de parte do seu rendimento para financiar o rodízio orçamental.
Esse sonho português de Socialismo no Estado-Providência com Estado Mínimo no fisco é manifestamente intraduzível para a realidade. Ou o Estado fica sem meios para ser tão generoso quanto os portugueses desejam, ou precisa de lhes cobrar impostos bem mais elevados do que gostariam de pagar. Em certas alturas, acontece o que se passa hoje em dia: uma triste combinação destes dois cenários. Só podendo tirar-lhes muito para lhes dar pouco, o Estado português condena os portugueses a uma progressiva degradação das suas condições vida, que só a conjuntura internacional, quando favorável, vai aliviando.»
Uma polémica portuguesa, Bruno Alves no Jornal Económico
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