Entendamo-nos, num Portugal Ideal o segredo de justiça seria um mecanismo processual importante para preservar o princípio da presunção de inocência, essencial num Estado de Direito. Acontece que o Portugal dos Pequeninos não é o Portugal Ideal, é o Portugal Possível, colectivista, com maus costumes e com uma nomenclatura corrupta, abusadora e marxista (do Groucho, não do Karl) que tem os maus princípios que tem e pode ter outros se estes não resultarem.
Por isso, o (Im)pertinências que vive no Portugal Possível faz vários anos que no Glossário se incluiu a seguinte definição:
Segredo de justiça (Juridiquês)
Mecanismo processual que obriga o putativo arguido a comprar jornais ou a ver televisão para tomar conhecimento da acusação.Também por isso, pergunto: alguém acredita que, se as investigações dos suspeitos de corrupção não vazassem para os jornais, essas investigações prosseguiriam e a nomenclatura instalada no aparelho do Estado Sucial não travaria a acusação formal dos seus membros?
E não me digam que a violação do segredo de justiça prejudica os inocentes, os pobres e os remediados porque esses não são notícia e ninguém está interessado nos seus putativos crimes de corrupção. Esses não praticam crimes de colarinhos brancos, porque têm os colarinhos sujos.
Dúvidas? Veja-se quem se indigna com a violação do segredo de justiça que muito naturalmente são os que se vêem ou aos seus correlegionários como potenciais visados.
Em conclusão, no Portugal dos Pequeninos a violação do segredo de justiça é provavelmente uma condição para haver justiça no Portugal dos Pequeninos.
Sem comentários:
Enviar um comentário