Uma sequelas de (1) e (2).
Já aqui abordei irónica e superficialmente a questão dos "intangíveis" da Web Summit na visão mirífica de Nicolau Santos. Para quem quiser olhar para esta questão com mais seriedade, recomendo este artigo de Nuno Garoupa. À laia de teaser aqui vai um excerto:
«Quando pressionados pelas tais externalidades positivas, os promotores privados e públicos da Web Summit rapidamente rejeitam o economicismo dos números e optam pela conversa dos imensos ganhos intangíveis. Curiosamente, os tangíveis não se medem quantitativamente, mas os intangíveis são uma realidade qualitativa inapelável que supostamente deveria calar o "bota-abaixismo". O problema dos intangíveis é que Portugal já não consegue viver com tanta fartura - os intangíveis da Expo98, do Euro 2004, das capitais da cultura, da economia do mar, das autoestradas, dos choques tecnológicos, da paixão pela educação são de tal forma avassaladores, que o Orçamento do Estado, coitado, tem dificuldade em lidar com eles.»
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