Mais uma sondagem e mais do mesmo. As intenções de voto no PS, embora caindo ligeiramente nos últimos 2 meses, continuam 20 pontos percentuais acima das do PSD que nos últimos 12 meses foi descendo gradualmente até aos 23% actuais. Quanto à apreciação dos líderes partidários, o desastre da gestão do combate ao incêndio fez perder a Costa menos de 3 pontos em 20 possíveis.
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Dito de outro modo, enquanto houver dinheiro para extorquir à classe média - os ricos para geringonça - e sacar aos credores, a geringonça estará de pedra e cal. Bom, pelo menos até se desintegrar por interesses inconciliáveis dos seus componentes.
E quando acabará o dinheiro? Em condições ideais, navegando à bolina da conjuntura internacional, pode durar o suficiente para Costa ganhar um segundo mandato. Só que as fragilidades são tão grandes que se o vento muda a nau começará a meter água e em pouco tempo podemos recuar a 2011 e passar de um estado de aparente prosperidade para um estado de aparente miséria e, no final, o que conta é a aparência para um eleitorado infantilizado.
A prolongada esperança de vida de Costa dará a Passos Coelho mais um tempo (saberá ele usá-lo?) se, como é provável, os seus putativos sucessores se encolherem amedrontados por uma travessia do deserto que os transformará em cadáveres políticos adiados.
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